Você sabia, por exemplo, que apenas 1,3% das empresas no Brasil crescem pelo menos 20% ao ano, por três anos seguidos? São as chamadas scale-ups, que mesmo sendo pouquíssimas, têm um impacto gigante na economia, sendo responsáveis por 46,7% dos novos empregos!

Aqui, trazemos as principais características das empresas que mais crescem no Brasil:

1. Scale-ups são empresas grandes enquanto pequenas

Sabe aquela história de que todo mundo um dia foi pequeno? Pois é, com as empresas acontece a mesma coisa. As scale-ups são justamente as empresas que estão mudando de faixa, se tornando grandes – só 8% delas têm mais de 250 funcionários. Os outros 92% das scale-ups são pequenos e médios negócios (PMEs), que estão só começando!

2. Elas não são startups

A idade média de uma scale-up é de 14 anos. Ou mais impactante ainda: mais de 90% das empresas com crescimento acelerado têm mais de 5 anos de história! Ou seja, se você está começando um negócio agora, sonhe grande, mas saiba que vai precisar trabalhar muito para chegar lá, e possivelmente até demore um pouco.

3. Existem scale-ups do Oiapoque ao Chui, literalmente

Mais da metade do total de municípios brasileiros é sede de scale-ups (2.806 cidades), inclusive o Oiapoque (AP) e o Chui (RS). Além disso, quase 60% dessas empresas estão em cidades com menos de 500 mil habitantes. Ou seja, antes de se mudar para uma grande cidade achando que só isso vai transformar a sua empresa, pense se não é mais importante criar um produto ou serviço melhor, que tenha clientes em todo o país, do Oiapoque ao Chui.

4. O Mark Zuckerberg é exceção

Histórias como a dele, que largou a faculdade (Harvard, é bom lembrar) e aos 23 anos criou uma empresa bilionária, são a exceção da exceção. Os jovens de até 28 anos representam apenas 5,5% dos empreendedores à frente de scale-ups no Brasil. A idade média de um empreendedor de alto crescimento, na verdade, é muito mais alta: 47 anos.

5. Ter patente não é garantia de crescimento

A grande maioria das scale-ups brasileiras também não depende de patentes para crescer: só 139 delas têm essa proteção, menos de 0,27% do total. Mais do que isso, esse tipo de diferencial no Brasil é coisa de gente grande. Dos mais de 16 milhões de CNPJs do país, só 2.264 têm patentes (0,01% do total!), sendo que, em média, essas empresas têm 1.326 funcionários, quase 100 vezes mais que a média geral.

6. Homens ainda são a maioria

Seis em cada dez dos empreendedores brasileiros são homens. Nas scale-ups, essa relação é ainda maior: quase 70% dos líderes das empresas que mais crescem são homens. Isso não significa que mulheres não tenham capacidade de criar empresas de alto impacto, prova disso é que existem milhares delas!

7. Você também não precisa criar um aplicativo ou e-commerce para crescer

As scale-ups estão distribuídas em todos os setores da economia.

A indústria digital, ao contrário do que muitos acreditam, concentra apenas 1% de todas as Scale-ups do Brasil. Quem lidera a lista é o varejo (20% do total), seguido da indústria da construção civil (13%). Apesar disso, quando olhamos para a densidade de Scale-ups por setor, a indústria digital sobe para 3º lugar (com 18% de Scale-ups dentro do setor), logo atrás de serviços administrativos (19%) e construção civil (22%), setor com a maior proporção.

8. Ter com quem compartilhar o sonho ajuda a crescer

Um dos maiores desafios dos empreendedores é a falta de alguém para dividir as dores e vitórias do dia a dia. Sócios se ajudam justamente nisso. E assim, levam o negócio mais longe. Prova disso é que o número de sócios de uma empresa no Brasil é, em média, 1,18, e, quando olhamos para scale-ups, esse número sobe para 2,32 sócios por empresa, praticamente o dobro.

Além de todas essas características, scale-ups são, acima de tudo, empresas em que os empreendedores botam a barriga no balcão, trabalhando todos os dias para alcançar um sonho grande. Sendo assim, com as suas empresas, eles querem fazer a diferença em um mercado, em uma cidade, para o Brasil. E estão fazendo!

Glossário do empreendedorismo

Cada indústria tem sua lista de jargões. Com o empreendedorismo não é diferente. Sendo assim, são vários os termos que você vai encontrar pela frente ao longo de sua jornada.

Como empreendedor, é importante que você esteja familiarizado. Portanto, aqui vão 25 deles:

Aceleradora

A aceleração dentro de uma aceleradora pode incluir apoio financeiro, mas está baseada principalmente no suporte à criação e ao desenvolvimento do negócio, com sessões de coaching e/ou mentoring durante um período. Dessa forma, elas são financiadas com capital privado e apoiam startups.

Break-even

Em português, é “ponto de equilíbrio”. Acontece quando os custos da empresa são iguais às suas receitas.

Capital de giro

Capital de giro são os recursos financeiros utilizados para cobrir os custos do dia a dia da empresa e para sustentá-la entre o pagamento de despesas e o recebimento da receita de clientes.

Captação de recursos: Obter investimentos, o que pode ser feito por meio de empréstimos bancários, agências de fomento, fundos de investimento ou investidores-anjos.

Coworking

Espaço de trabalho compartilhado por diversas empresas, que passam a poder se relacionar e a trocar conhecimentos.

Crowdfunding

Obtenção de capital através de financiamento coletivo, em geral de pessoas físicas interessadas na iniciativa. Existem plataformas on-line especializadas em crowdfunding.

Crowdsourcing

Crowdsourcing é uma forma de conseguir serviços/ajuda de forma colaborativa para geração de conteúdos, solução de problemas, desenvolvimento de novas tecnologias, geração de fluxo de informação e afins.

Early stage

São consideradas empresas em early stage (estágio inicial) as que possuem até três anos de existência.

Elevator pitch

Apresentação da ideia do negócio em aproximadamente 30 segundos (o tempo que uma pessoa passaria no elevador).

Intraempreendedorismo

Significa empreender dentro da organização na qual se trabalha. O intraempreendedor enxerga nos problemas do dia a dia oportunidades de crescimento para a empresa, sendo capaz de inovar sistêmica e constantemente.

Empreendedorismo social

O empreendedor social cria negócios com fins lucrativos, mas que propõem soluções inovadoras para problemas sociais ou ambientais, como lixo, educação e saúde. Ele está focado em mobilizar pessoas e trabalhar por uma causa para realizar verdadeiras transformações na sociedade.

Escalabilidade

Escalabilidade é a capacidade de replicar o produto/serviço com facilidade atendendo a um grande público ou abrangendo um grande mercado consumidor.

Incubadora

As incubadoras têm um perfil mais adequado para quem precisa de tempo e muito conhecimento para estruturar seu negócio. Assim, depende de subsídios governamentais e provavelmente vai precisar de uma quantidade relativamente grande de investimentos para acontecer.

Investidor anjo

Os angels, ou seja, investidores anjo, são profissionais experientes que investem capital e capital em novos empreendimentos. Em troca, esperam um percentual da empresa investida.

MEI

Sigla para “Micro Empreendedor Individual”. É a pessoa que trabalha por conta própria e se legaliza como empresário.

Mergers and Acquisitions (M&A)

Termo em inglês para “Fusões e Aquisições” (abreviado M&A), é tanto um aspecto da estratégia corporativa e finanças corporativas quanto compra, venda, divisão e combinação de diferentes empresas.

Networking

Ter ou estabelecer uma rede de contatos. Assim, “fazer networking“, como é empregado, costuma ser uma ótima forma de ampliar a qualidade de seus relacionamentos e transformá-los em benefício mútuo no meio profissional.

PME

PME é a sigla para pequenas e médias empresas. Uma pequena empresa possui de dez a 49 funcionários. Além disso, uma empresa de médio porte possui entre 50 e 249 funcionários.

ROI

Sigla da tradução de “Retorno sobre Investimento” (ROI – Return of Investment). Assim, corresponde a um percentual da quantidade de dinheiro ganho em relação à quantidade de dinheiro investido.

Seed capital

Seed capital, ou capital semente, é aquele capital que se capta quando o negócio está em sua fase inicial, para que ele possa dar seus primeiros passos no mercado.

Spin-off

Criação de uma nova empresa de produtos ou serviços inovadores, criados inicialmente a partir de um projeto em uma “empresa-mãe”. Geralmente, os empreendedores do novo negócio trabalharam antes no desenvolvimento desse projeto na empresa-mãe.

Stakeholders

Stakeholders são todos os impactados pelo negócio, sejam eles sócios, acionistas, funcionários, clientes ou segmentos da sociedade.

Startup

Eric Ries, autor do livro “Lean startup”, define startups como “um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza”.

Validação

Ter alguém validando sua ideia, ou seja, se tornando um cliente, usuário, ou estando engajado de qualquer forma ativa em seu negócio, é o sinal verde de que ele pode dar certo. Mas a validação é um exercício constante, um processo que exige flexibilidade, agilidade e resiliência para recomeçar diversas vezes, inovar e não desistir.

VC (Venture Capital)

Traduzido como “capital de risco”, fundos de Venture Capital apoiam empresas de pequeno e médio porte já estabelecidas e com potencial de crescimento. Assim, com duração média de 5 a 7 anos, os recursos investidos financiam as primeiras expansões, levando o negócio a novos patamares no mercado.

Sentiu falta de algum termo? Não entendeu alguma palavra ao longo dessa página? Deixe seu comentário! Dessa forma, esse glossário pode ser gradualmente complementado.

Fonte: Endeavor (https://endeavor.org.br/desenvolvimento-pessoal/o-que-e-empreendedorismo-da-inspiracao-a-pratica/)